A importância de Sérgio Moro e das nossas palmas para ele.

 


Sim, Meritíssimo... vitória!

    

        Desde meus tempos de garoto, e não foram neste século, escuto que rico não vai para cadeia. As pessoas alegam que o motivo é porque eles podem contratar ótimos advogados. Mas isso jamais me convenceu, afinal, ótimos advogados sabem de segredos mais profundos que os da Maçonaria? Como um advogado classe ouro livra a cara de um ricaço apenas usando caneta, papel e lábia? Aí, eu (e mais um monte de gente) pensava: "Rico não é condenado e preso porque tem ótimos advogados que sabem 'negociar' com magistrados?" Entenderam o que eu quis dizer com o verbo "negociar", não entenderam?  Se vocês abordassem essa questão com um magistrado, ele só não o poria na cadeia em que o ricaço deveria estar porque, talvez, você fosse um entrevistador num Roda Viva qualquer. Mas experimentem fazer isso no meio da rua. É cana! A dúvida persistiria: seria uma questão de leis frouxas ou de comércio entre magistrados e advogados inescrupulosos, ambos indignos de figurar no seio da nossa sociedade? Bandidos de toga e de terno e gravata? O homem da foto "provou" que sim. E com raríssimas exceções.

            Em março de 2014 deu-se início, não à operação anticorrupção mais importante do nosso país, isso é "bobagem", mas ao escancaramento das portas do "mercado" do parágrafo acima. O sujeito simpático e com um certo jeito para Clark Kent (sei que ele preferiria ser outro personagem mais próximo do mundo real, mas prefiro-o ver voando em busca da defesa dos inocentes) começava a me provar que, sim, ricos podem ser aprisionados pela vontade do juiz, e isso dentro da lei, para o desespero de muitos advogados já endinheirados. 

              Quando se fala de Moro, o Brasil se divide um uma pizza: uma fatia para os que apoiam Lula, outra para bolsonaristas (que são lulistas numa face da mesma moeda), uma para advogados que se acham o máximo condenando quem deu "mau exemplo" para o mercado, outra para bons advogados, que sabem enxergar o trabalho capitaneado pelo ex-juiz e mais algumas divididas entre tantas classes. Mas, quem diria que um juiz condenaria à prisão um grande empreiteiro? Ou um presidente da Câmara? E o mais interessante: que esses caras ou passassem um  bom tempo presos, e fossem libertados, ou ainda estivessem, até hoje, vendo o Sol nascer quadrado.


                                                            O CONDENADO LULA 


    Vamos fazer uma brincadeira: imaginemos que Moro fosse a Segunda Instância que condenou Lula e que os desembargadores de Curitiba fossem a Primeira. Esses últimos teriam imposto uma pena ao ex-presidente de 12 anos e 1 mês. Em seguida, os advogados de Lula entrariam com recurso junto ao Moro da Segunda Instância, e ele reduziria a pena pra 9 anos e meio... Hum... Então, por que o condenado odeia tanto esse juiz? A resposta é inédita: odeia porque viu que dentre todos os togados a condenarem-no, apenas Moro tinha carisma para virar um futuro entrave político na vida do PT. Podem chamar isso de inveja, eu digo que é malandragem. 


                                                                     BOLSONARO


    Chegamos ao outro invejoso, o presidente que não sabe se adora o Vaticano ou os evangélicos. Ah, e existe uma terceira via: Edir Macedo. A questão é: porque JMB puxou o tapete do ex-juiz? Seria apenas inveja ou queria desmantelar a Lava-Jato para não chegar aos seus pupilos (como se não houvesse outras formas) e, claro, a ele, principal mentor do grupo? Alguém já levantou a hipótese de ter sido vingança por haver ficado no vácuo no constrangedor episódio ocorrido em março de 2017, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, e só isso? JMB é claramente rancoroso, não tenham dúvida. E aqui tracemos um paralelo com a Globo, chamada de globolixo inicialmente por petistas: Se Lula e Bolsonaro são contra uma determinada pessoa, é porque esta é um exemplo de caráter. 


                                                                    PRESIDÊNCIA


        Não apoio o ex-juiz para o comando do Planalto; de forma alguma. Concordo com o desejo de que ele deveria traçar um caminho pelo Senado até a presidência, aí, sim, daquela casa, para, então, ter seu momento de glória colocando o impeachment de um certo advogado do STF na mesa. Isso lavaria, novamente, a alma dos cidadãos de bem deste país. 

    

        Enfim, que fique a lição: juízes podem fazer justiça; se não o fazem, colocando a culpa nas leis, é porque não MORARAM na questão. (Que trocadilho "infame", meu Ministro do STF, digo, meu Deus)              


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